Entre imagens para guardar, 2017, ed. Ardotempo, Porto Alegre. Texto de orelha de Ana Miranda, apresentação de Henrique Fendrrich.
Trecho da orelha:
Impressionam a sua perfeição narrativa, a intensidade, a erudição feminina entrelaçada a realidades e manifestada de modo extremamente natural. A universalidade de seus elementos. Suas observações surpreendentes. As imagens espantosas. Emocionam a leveza no trato dos temas e no uso poético das palavras e a força do essencial – a poesia é capaz de dizer tudo num só verso. Estas fascinantes crônicas, ou ensaios poéticos, por vezes pequenos contos, se compõem de elementos escolhidos com o crivo da verdade íntima. Tudo é pedra de construção. (…)
Mariana tece conversas com o tempo, desafia o esquecimento. Com palavras escritas em tinta indelével, forma pinturas sutis, de cores tênues. Pinturas literárias que renovam o rigor e a força fundamental da família. Co um tremendo senso de responsabilidade humanitária, Mariana nos mostra verdades pelo avesso. Ele nos revela o que não vimos, e o reverso do que vimos. Círculos do inferno, grandes sofrimentos, alegrias idílicas, dores miúdas, as misteriosas razões do cantar…Em imagens, transparências, luminosidades. Instantes que nos tocam o sentimento, e que vamos guardar para sempre nos jardins mais floridos da memória.
Ana Miranda